Na minha trajetória de docente, as descobertas marcantes são constantes e infinitas. Enquanto professora nunca estarei pronta, de fato; pois tudo muda o tempo todo. Vivo em constante formação, a tal Formação Continuada. Quanto mais aprendo descubro que tenho muito ainda para aprender a aprender.

Enquanto professora Designer planejo e replanejo a cada descoberta de quem é meu aluno e as necessidades do que ele tem de aprender para atender uma sociedade em desenvolvimento. A autoavaliação é imprescindível.

Como professora Mediadora, serei uma boa aprendente para facilitar a ação de ensinante.

E como Professora Pesquisadora, nunca terá fim a espiral da aprendizagem.

 Eu começaria a aula mostrando gravuras, poesias, músicas e objetos que lembrasse, falasse ou retratasse o tema: “A arte da vida: Quem sou eu?”, - por exemplo - para oferecer uma noção do que é possível fazer, inspirar e trazer ideias sobre como começar com intuito de criar uma conexão com interesses e paixões dos jovens alunos.  Eu os incentivaria a modificar os exemplos adicionando um toque pessoal, do seu próprio estilo, associando a seus próprios interesses. Disponibilizaria a maior diversidade de materiais para favorecer o maior número de oportunidade de projetos criativos. Pediria a eles para encontrar parceiros de trabalhos similares para colaborarem com seus pares. Finalmente, eles vão descrever o que estão tentando fazer para refletirem sobre a experiência, o que o motivou e inspirou.

        Eu escolhi a atividade 3, onde percebo PISO BAIXO, pois é muito simples e fácil começar a descrever as constantes escolhas que fazemos, o tempo todo, estando conscientes ou não dessa ação, muitas vezes, involuntária.

        Nessa atividade 03, percebo que os estudantes têm a oportunidade de refletirem sobre as muitas escolhas e decisões que precisam fazer ao longo de suas vidas e o TETO ALTO nela é a oportunidade para criar projetos variados que ajudem as pessoas a fazerem escolhas nas mais diversas áreas da vida.

         Ainda percebo, na atividade 03, PAREDES AMPLAS, pois a exploração de diferentes materiais, como itens de papelaria, objetos e materiais inusitados podendo usar componentes eletrônicos, celular e computador com conexão à internet.  E, ainda, incentivar os estudantes a seguirem aperfeiçoando seus projetos, trazendo mais complexidade e outros materiais como componentes motores, LEDs e pilhas e baterias, por exemplo. Também pode incentivá-los a conectarem seus projetos com os de seus colegas, em um processo contínuo de troca e colaboração.

            A aprendizagem fica realmente fixada no saber quando se experiência possibilidades no imaginar... o aluno toma consciência de todo processo, internaliza-o vivenciando possibilidades nunca antes imaginada de quando limitado às ideias preconcebidas pela explicação dadas antes da exploração.

            Na minha prática docente, busco potencializar a exploração por parte dos meus alunos. Eles são convidando a imaginar o assunto a ser abordado por diversos ângulos... como um observador, narrador, vendedor e ou comprador da ideia. Decidem em grupo qual foi a melhor ideia e compartilham a decisão da escolha. Criam em linguagem verbal, não-verbal ou hibrida o resultado final; dando sugestões de funcionalidade prática na vida deles ou de outras pessoas ou deixam uma reflexão que revele apropriação do conceito previsto no currículo da minha intenção pedagógica.

             Essa prática é desafiadora pois tem quem questione por ainda não conseguir imaginar iniciar um assunto sem ter despejado limitados/limitante conceitos e, ainda, não se oportunizar outros olhares de diversos ângulos.

              Eu, particularmente, não deixo de me encantar com a multidão de possibilidades trazidas da imaginação criadora da nossa juventude.