Olhar de perto
O primeiro passo do nosso caminho para a Sensibilidade ao design é Olhar de perto e para isso temos que aquecer a imaginação!
Sugerimos a leitura do capítulo sobre Elevador do livro Como fazíamos sem - de Bárbara Soalheiro, (pág. 54 a 57) ou outra que você conheça nessa temática.
Após a leitura é importante, a partir do exemplo do elevador, trazer outros exemplos de máquinas simples: alavanca, rosca, plano inclinado, polia ou roldana, roda e eixo. Para isso é possível utilizar o conteúdo que eles tenham no material, fazer uma parceria com o professor de Ciências ou ainda, utilizando vídeos.
Após esse momento é hora de um design hunt ou "caça ao design" em grupos de até 4 estudantes: onde encontramos essas máquinas simples em objetos, engenhocas, aparelhos que usamos no nosso cotidiano ou que vocês já viram ao seu redor? Possibilite material para anotações, seja físico ou digital - como um Jamboard.
De forma geral, máquinas simples são máquinas capazes de facilitar algum tipo de trabalho mecânico e a execução de tarefas do dia a dia. Foram a base para invenção das mais complexas máquinas que conhecemos atualmente e causaram uma verdadeira revolução nos modos de vida.
Dica - Para ampliar repertório
Sugestões de vídeos sobre Máquina Simples:
Uso de máquinas simples no cotidiano: https://www.youtube.com/watch?v=z6v5yWtZ7jc
Máquina para crianças: https://www.youtube.com/watch?v=G4o6wA6DDxU
Ciências: Máquina simples: https://www.youtube.com/watch?v=G9XFWhlEZLs
Caso haja a possibilidade, é interessante que o "caça ao design" seja feita em casa, os estudantes podem tirar fotos das suas descobertas e elas podem ser compartilhadas na aula seguinte. Ou ainda, esses vídeos podem ser assistidos antes do início dessa proposta, como aula invertida.
E, ainda, é possível utilizar a Rotina de Pensamento Criando Significado (Making meaning no original) para sistematizar o conceito de máquina simples após a leitura, os vídeos e a caça ao design. Essa Rotina possibilita que um conceito, ideia, tópico ou evento seja explorado de forma a ser possível a formulação de um significado individual por meio de um entendimento colaborativo. Separados em grupos de até 4 pessoas, cada estudante irá escolher uma palavra relacionada a Máquina Simples. A palavra escolhida precisa ser diferente das que já foram ditas pelos colegas; Cada pessoa acrescenta à palavra de outra pessoa uma palavra ou frase, ampliando seu significado; Coletivamente, o grupo faz conexões entre ideias que já estão escritas, desenhando linhas e escrevendo nessas linhas o porquê enxergam essas conexões; Cada pessoa registra/elabora uma pergunta sobre o assunto com base no que surgiu até esse momento. Por último, individualmente, cada um escreve sua própria definição de MÁQUINA SIMPLES. Abaixo trazemos um exemplo desta Rotina feita a partir da ideia de "Pensar com as mãos".
EXPLORAR COMPLEXIDADES E ENCONTRAR OPORTUNIDADES
Provocação para criar: Qual problema atual do cotidiano poderia ser resolvido a partir de uma dessas máquinas simples?
A partir dessa provocação, instigue-os a construir qualquer objeto que tenha um mecanismo que desencadeie algum tipo de movimento. Pode ser giratório, pendular, vertical ou horizontal e que, a partir disso, possa resolver algum problema ou amenizar alguma dificuldade do dia a dia deles.
Parte 1. Com a mão na massa e com recursos acessíveis, os estudantes construirão um protótipo incluindo uma das máquinas simples apresentadas na etapa do Imagine, com o objetivo de ajudar a resolver o problema do cotidiano escolhido.
O protótipo não precisa solucionar o problema, mas é importante que a máquina simples escolhida funcione! Para entender melhor, confira a dica abaixo!
A máquina criada será usada na animação da parte 2.
Parte 2. Produzir uma animação no Stop Motion que demonstre a máquina simples em funcionamento, resolvendo o problema escolhido
Dica - Protótipos e animações
Os protótipos feitos não necessariamente precisam funcionar de forma a resolver o problema. Atente-se, somente, ao funcionamento da máquina simples escolhida pelo grupo. Por exemplo: se um grupo resolveu criar um mecanismo com uma roldana para que, deitados na cama, consigam acionar o interruptor para desligar a luz do quarto na hora de dormir, o foco é que a roldana funcione, mas não há necessidade de que haja uma luz acendendo no protótipo. Essa demonstração mais ampla de como o mecanismo age de forma a resolver o problema pode ser feita por meio do Stop Motion, o que torna a proposta menos complexa. Nesse exemplo apresentado, na animação poderia haver um quarto desenhado em uma folha A3 como cenário, um interruptor de massinha ou dois desenhos - um ligado outro desligado - e uma lâmpada, também em duas cores que demonstrem que está ligada ou desligado. A roldana criada na Parte 1 entra como o personagem principal da animação e por meio da sequência de fotos, conseguimos vê-la funcionando no contexto imaginado pelos estudantes.
Stop Motion é uma técnica de animação feita por meio de uma sequência de imagens que retratam os mais variados objetos em posições diferentes em cada quadro. Para saber mais: https://www.exploratorium.edu/tinkering/projects/two-frame-animation (em inglês mas com vídeos e imagens que ajudam bastante) e a playlist em português https://www.youtube.com/playlist?list=PL-8xZdOxnJsUCTagOB0_u7bhuQumYAT9W
As animações Stop Motion podem ser apresentadas para toda a turma de uma vez - os estudantes podem exportá-las como GIF e compartilhá-las pelo WhatsApp ou Drive com o professor, que as apresenta com o suporte de um projetor ou TV. Ou, caso esses equipamentos não estejam disponíveis, o professor pode pedir que os estudantes, ou ele mesmo, coloquem suas produções em um Padlet, que será compartilhado com toda a turma - e até com a escola.