Identidade no crachá
Inicie a dinâmica sensibilizando os professores sobre a relevância de um ambiente seguro para que eles próprios - e também seus estudantes - expressem suas personalidades, desejos e sonhos. Saliente que essa atividade pode causar desconforto em alguns, reforce a não obrigatoriedade e encoraje a manifestação de informações que façam sentido e sejam confortáveis para cada um. Alguns podem preferir detalhes simples, como nomes, idade e time de futebol favorito, enquanto outros podem se sentir mais à vontade compartilhando sentimentos, desafios e sonhos. Crie um ambiente propício para que os professores se expressem da forma mais criativa possível, respeitando seus limites emocionais.
Assim como os diferentes sólidos geométricos, nossas personalidades não têm apenas um lado. Temos diferentes humores, muitas características marcantes, diferentes gostos. Por que, geralmente, esquecemos disso tudo quando nos apresentamos? Trazer as diferentes faces à tona é o objetivo dessa atividade.
Dica: Ao explorar os materiais para a construção dos "craixinhas", proponha o desafio de transformar uma simples forma geométrica de papel em algo que represente única e autenticamente cada um. Incentive-os a refletir sobre como podem tornar esse objeto tridimensional verdadeiramente a cara deles. Para orientar o processo criativo, introduza perguntas iniciais que ajudem os professores a gerar ideias de conteúdo.
Construindo os craixinhas
O intuito é que cada professor elabore seu próprio crachá, incorporando suas informações pessoais. Questões como "Qual é o seu nome? De onde você é? Qual a sua idade?” servirão como ponto de partida para essa dinâmica. Para estimular a criatividade e personalização dos "craixinhas", sugere-se a inclusão de perguntas como "Se você pudesse ter um superpoder, qual seria? Qual eletrodoméstico ou móvel da sua casa melhor te representa? Se pudesse escolher apenas um lugar no mundo para se teletransportar, para onde iria?".
Os professores terão a liberdade de escolher o formato do crachá, podendo optar por um cubo, pirâmide, paralelepípedo, ou outro formato que considerem mais adequado. Após a escolha do molde 2D, eles preencherão as diferentes "facetas" com materiais diversos, como escrita, ilustrações, colagens e decorações. Posteriormente, serão orientados a recortar e montar o crachá, unindo as arestas do molde para transformá-lo em um objeto 3D. A ênfase será na utilização da criatividade para personalizar o crachá de forma única.
Dica: Também é possível brincar com a ideia de que existem características que preferimos deixar escondidas, do lado de dentro, o que também pode ser feito com esse crachá especial.
Conhecendo os colegas e seus crachás
Após esse momento descontraído de autoconhecimento, sugerimos reservar um espaço dedicado ao compartilhamento das produções entre os professores, proporcionando uma experiência valiosa para discutir as experiências vivenciadas durante a criação dos "craixinhas". Esse momento pode ocorrer imediatamente após a conclusão dos trabalhos ou no próximo encontro. As produções podem ser dispostas sobre mesas, criando um ambiente semelhante a um museu, permitindo que os colegas as apreciem e deixem feedbacks generosos utilizando post-its. Alternativamente, cada professor pode apresentar individualmente seu crachá à turma toda.
Dica: O gestor pode elaborar perguntas para guiar essa interação, mais uma vez, depende da sua intencionalidade com a dinâmica. Para elucidar, elencamos algumas perguntas significativas que podem ser introduzidas, como: "Como você se sentiu ao criar seu 'craixinha'? O que quis transmitir por meio dele? Quais elementos estão ilustrados, escritos ou decorados nele?". Durante a implementação dessa proposta em salas de aula com estudantes, notamos um grande interesse por parte dos professores, pois refletir sobre si mesmos, suas características, qualidades e sonhos não é uma prática comum no ambiente escolar tradicional.