Quais materiais/instrumentos você acredita que seriam bons exemplos de um paralelo musical com os presentes de Froebel e possam ser bons para o uso junto a pedagogia da Aprendizagem Criativa? Quais características desses materiais/instrumentos justificam sua escolha e como podemos relacionar com a aprendizagem Criativa?
10 Comentários
BANDINHA RÍTMICA (Pequenas Percussões)
No subgrupo que eu participei no 4º Encontro ao vivo Online (sábado passado), eu estava também com a Virgínia, a Ieda e o Guará, deixo nossa Self abaixo de recordação e trago nos comentários algumas reflexões sobre este material que são as pequenas percussões de mão que são um tipo de material/instrumento muito comum nas escolas.
Na nossa discussão no subgrupo foram colocados alguns tipos de materiais além deste, alguns exemplos que são utilizados pelo grupo que estava ali, entre eles foi falado a cabaça/porango muito utilizado para fazer caixas acústicas de instrumentos, foi falado de instrumentos da capoeira como berimbau (que pode ser feito em versões com materiais recicláveis também), atabaques, pandeiro etc. Além de instrumentos de sopro de madeira e construção de instrumentos por ser esta muitas vezes uma forma de viabilidade mais para turmas grandes e em situação de limitações de recursos por parte das escolas etc.
Acabou que o tempo voa eu
Na nossa discussão no subgrupo foram colocados alguns tipos de materiais além deste, alguns exemplos que são utilizados pelo grupo que estava ali, entre eles foi falado a cabaça/porango muito utilizado para fazer caixas acústicas de instrumentos, foi falado de instrumentos da capoeira como berimbau (que pode ser feito em versões com materiais recicláveis também), atabaques, pandeiro etc. Além de instrumentos de sopro de madeira e construção de instrumentos por ser esta muitas vezes uma forma de viabilidade mais para turmas grandes e em situação de limitações de recursos por parte das escolas etc.
Acabou que o tempo voa eu acabei não trazendo muitas ideias de materiais apesar que a parte de construção de instrumentos me é muito comum, por sinal uma das minhas maiores fontes de recursos e pesquisas etc...
Algumas relações que trouxemos deste material com alguns fundamentos da Aprendizagem Criativa, e aqui eu amplio colocando nas minhas palavras um pouco do que penso junto com o que foi discutido no grupinho depois com o grupo maior:
# PAREDES AMPLAS (Diversidade/múltiplas possibilidades) - diversidade de sons já que são muitos tipos diferentes, podem ser até instrumentos de culturas mundiais distintas – trazendo isso também, possibilidades de trabalhar de maneira diversificada com ou sem pulsação, sons com durações curtas ou longas, frequências diversas (agudo, médio grave etc, as vezes até notas afinadas ou não), sonoplastias e ambiências sonoras inspiradas em
Algumas relações que trouxemos deste material com alguns fundamentos da Aprendizagem Criativa, e aqui eu amplio colocando nas minhas palavras um pouco do que penso junto com o que foi discutido no grupinho depois com o grupo maior:
# PAREDES AMPLAS (Diversidade/múltiplas possibilidades) - diversidade de sons já que são muitos tipos diferentes, podem ser até instrumentos de culturas mundiais distintas – trazendo isso também, possibilidades de trabalhar de maneira diversificada com ou sem pulsação, sons com durações curtas ou longas, frequências diversas (agudo, médio grave etc, as vezes até notas afinadas ou não), sonoplastias e ambiências sonoras inspiradas em paisagens sonoras, sons da natureza e da cidade, contação de histórias, orquestrações com jogos musicais, trabalhar com movimentos corporais etc.
# PISOS BAIXOS (Baixa ‘barreira de entrada’): pela coordenação motora percussiva acessível, na mão de cada um, em geral pesos leves (dependendo da idade pois claro se for um agogô de metal pra um bebê pequeno segurar na mão seria inadequado pelo peso pode até machucar etc, depende aí de um bom senso e planejamento adequado). Mas de uma maneira geral, instrumentos percussivos são mais simples de gerar/”tirar” sons do que certos instrumentos melódicos como de cordas ou sopro dependendo (sem contar que tendem a ser muito “bem vindos” por crianças em geral).
*Só é importante cuidar pois instrumentos percussivos dependendo do tipo podem ser agressivos para crianças menores, segundo a Pedagogia Waldorf as crianças com menos de 6 anos não devem ser expostas a situações agressivas pois estão em uma fase de transição muito sutil (eu apesar de ser percussionista sou encantado com esta abordagem), e existem percussões muito sutis também.
# PISOS ALTOS (Possibilidade de se complexificar e chegar a níveis mais avançados e difíceis SE/QUANDO preciso): pode criar algo bem complexo a nível de orquestrações com naipes, regências pelos próprios aprendizes e formação de ritmos complexos, intepretações, composições etc.
# PROJETOS – Pode-se trabalhar temáticas, culturas, questões teóricas musicais e dos fundamentos do som direta (ou indiretamente) por ex.
# PAIXÃO – A partir da escolha do material pode se trabalhar este “P” dos 4 Ps, assim como buscar outras relações como repertórios, composições, movimentos, regências, temas ou nuances no trabalho que despertem paralelamente o desejo de se trabalhar com aquele material.
# PARES – Aqui com este material pela mobilidade pode-se trabalhar em roda, em movimento, cada um ouvir o som do outro, são muitas possibilidades.
# PENSAR BRINCANDO (de Play) – aqui realmente são fontes inesgotáveis de jogos e brincadeiras.
# O FUNDAMENTO “ESPIRAL DA APRENDIZAGEM CRIATIVA” E OS PARÂMETROS DE CERCADINHO E PARQUINHOS: vejo também muitas conexões mas comento em seguida que já ficou grande esta reflexão aqui rss!
Mas diz você aí, o que você acha deste material? Já utilizou a "BANDINHA RÍTMICA" / Pequenas Percussões em suas aulas? Como acha que podemos “criativar” o uso deste material em experiências de Aprendizagem Criativa?
Primeiramente, gostaria de agradecer essa oportunidade estar juntos com tantos educadores musicais maravilhosos! Seguindo a ideia do nosso encontro e do grupo que fiz parte hoje, fiquei bastante interessado em tentar trazer xilofones para a escola onde trabalho. No caso, é uma escola municipal, onde a diretora já tinha me dito que havia uma verba razoável para aquisição de materiais e instrumentos conforme eu achasse necessário.
Acredito que seria legal porque é um instrumento relativamente acessível no custo e que desperta o interesse das crianças, até mesmo por apresentar um som curioso e diferente, além de claro todas as possibilidades
Primeiramente, gostaria de agradecer essa oportunidade estar juntos com tantos educadores musicais maravilhosos! Seguindo a ideia do nosso encontro e do grupo que fiz parte hoje, fiquei bastante interessado em tentar trazer xilofones para a escola onde trabalho. No caso, é uma escola municipal, onde a diretora já tinha me dito que havia uma verba razoável para aquisição de materiais e instrumentos conforme eu achasse necessário.
Acredito que seria legal porque é um instrumento relativamente acessível no custo e que desperta o interesse das crianças, até mesmo por apresentar um som curioso e diferente, além de claro todas as possibilidades de musicalização.
Dessa forma, eu andei olhando os modelos e preços de xilofone e encontrei esse: https://bit.ly/44cQqiF. Quem já tem experiência com o instrumento, o que acha? Tá justo o preço e esse modelo já atende às necessidades do professor e do aluno? Gostaria de saber para tentar encaminhar um orçamento para a diretora da escola.
Trazendo pra cá parte da conversa que tivemos no Grupo de Whatsapp sobre esta sua mensagem prezado Vinícius!
Kiko:
Massa demais Vinícius sua participação e todas as nossas trocas!!!
Cara, realmente os xilofones tendem a ser um caminho de materiais bem interessantes sim, agora que você já está no grupo de Whatsapp do Música e Movimento Brasil, sugiro você mandar por lá esta pergunta e pesquisa porque como ele é ligado ao Orff que tem neste instrumento um dos seus principais materiais de uso, lá tem muitas pessoas que trabalham muito com isso e volte e meia surge exatamente esta
Trazendo pra cá parte da conversa que tivemos no Grupo de Whatsapp sobre esta sua mensagem prezado Vinícius!
Kiko:
Massa demais Vinícius sua participação e todas as nossas trocas!!!
Cara, realmente os xilofones tendem a ser um caminho de materiais bem interessantes sim, agora que você já está no grupo de Whatsapp do Música e Movimento Brasil, sugiro você mandar por lá esta pergunta e pesquisa porque como ele é ligado ao Orff que tem neste instrumento um dos seus principais materiais de uso, lá tem muitas pessoas que trabalham muito com isso e volte e meia surge exatamente esta discussão.
Mas na minha percepção, este exemplo que você mandou me parece ser um material de uma qualidade muito ruim e que não sei se deve valer a pena não... Tem um luthier muito bom que o pessoal normalmente indica lá, que se chama Sam que fabrica mas são beeem mais caros que esse aí mas o cara é muito bom e gente boa, da região Sul (já fez um trabalho massa pra mim por sinal). O contato dele é o seguinte: +55 41 9622-9897 ou
+55 41 9900-3569
Mas cara, uma das questões que tendem a ser uma grande vantagem, são aqueles xilofones no padrão que as teclas são removíveis para poder trabalhar escalas pentatônicas ou definir as notas que vão entrar ali etc... (este recurso pra gente na aprendizagem criativa, abre para a questão dos pisos baixos que a pentatônica proporciona, assim como paredes amplas para poder tocar várias coisas diferentes já que dependendo da formação das teclas são caminhos e possibilidades diferentes, e ainda, permite tetos altos ao colocar aí sim finalmente (mas não de cara) todas as teclas... (não que não se possa colocar de cara todas, mas em fim, estamos falando de processos de exploração lúdica etc, que a pentatônica favorece absurdamente, sabemos)...
Wagner Pardim:
Boa noite, Vinícius! Sobre xilofones, eu não tive uma boa experiência com esses de lâminas curvas, uma das escolas em que trabalho adquiriu para utilizar no berçário. Achei muito mal construído e não obedece uma lógica melódica nem afinação. Sei que instrumentos de mais qualidade custam "um pouco" mais, especialmente instrumental Orff, mas você ganha muito mais possibilidades além da durabilidade. Sugiro algumas opções que conheço:
Jog Vibratom
Sons Mágicos
Cadence
SAM Qualidade Sonora
MT instrumentos
Tem outros que não lembro o nome agora🤦🏾♂️, mas que são de boa qualidade
Kiko:
Opa Vinícius, eu penso assim como o Wagner sobre estes de lâmina curva e afinação... e também tive experiências bem ruins com estes modelos, por sinal acho meio absurdo as fábricas muitas vezes nem ligarem tanto para questões de afinação em fim...
Em relação aos exemplos que ele citou, realmente parece ainda alguns melhores e outros piores, o do Sam se não me engano é o melhor mesmo.
Wagner Pardim:
Isso, o da Sam é o melhor, acho que em seguida vêm os do MT. Os da Jog e Cadence são os mais simples, eu acredito, tanto em material quanto em construção...
Kiko:
Esta família de instrumentos tipo xilofones/metalofones etc são realmente um universo muito rico e que vale estudar bastante, são muitos tipos de materiais/alturas e sonoridades ("paredes amplas").
O 'universo' Orff estuda profundamente isso e imagino que nosso principal arcabouço de pesquisas referenciais pedagógicos, cases etc em relação ao uso desta família de instrumentos em si, fisicamente falando.
- - -
E também lá, se usa bastante escalas pentatônicas o que é bem pertinente aqui pra gente em especial na fase inicial do "despertar da musicalidade"/ iniciação musical...
O negócio é que, trazendo pro nosso enfoque da Aprendizagem Criativa, é
Kiko:
Esta família de instrumentos tipo xilofones/metalofones etc são realmente um universo muito rico e que vale estudar bastante, são muitos tipos de materiais/alturas e sonoridades ("paredes amplas").
O 'universo' Orff estuda profundamente isso e imagino que nosso principal arcabouço de pesquisas referenciais pedagógicos, cases etc em relação ao uso desta família de instrumentos em si, fisicamente falando.
- - -
E também lá, se usa bastante escalas pentatônicas o que é bem pertinente aqui pra gente em especial na fase inicial do "despertar da musicalidade"/ iniciação musical...
O negócio é que, trazendo pro nosso enfoque da Aprendizagem Criativa, é importante agente sempre cuidar em trazer literalmente para a perspectiva da aprendizagem criativa (e não só do ensino se não pode ficar lindo pro prof e péssimo pro aprendiz, é inque chamamos de experiências de aprendizagem criativa).
Tomar muito cuidado (e isso pra qualquer material, mas em especial instrumentos melódicos e até harmônicos), para não querer rigidamente 'fabricar robôs de tocar melodias geniais', e sim fazer do instrumento uma catapulta para a criatividade/expressividade individual (e coletiva) do aprendiz, das pessoas.
Porque não é por estar trabalhando com um material de qualidade e bem afinado que é preciso ficar "preso" em trabalhar interpretação de melodias / repertório etc, é muito importante antes disso ou no mínimo em paralelo a isso trabalhar e muito com práticas criativas, jogos (mas que não sejam necessariamente levando ao resultado da interpretação musical e sim a improvisação etc.)
Isso não significa negar repertórios/releituras/interpretações melódicas etc que também pode ser super adequado dependendo do projeto/momento, porém sim ter uma visão ampla que não se resume a isso e muitas vezes é melhor não fazer isso, para abrir mais...
A conversa do nosso grupo foi muito construtiva! Partindo da experiência dos integrantes do grupo em escolas que muitas vezes não possuem tantos recursos, mencionamos desde flautas a copos percussivos, xilofone e boomwhackers.
O consenso no momento foi a utilização do xilofone/metalofone/marimba, por ser um instrumento de pisos baixos (fácil manuseio) e paredes amplas (traz consigo grandes possibilidades rítmicas, melódicas e harmônicas). Dito isto, surgiram diversas outras possibilidades de instrumentos interessantíssimos para a utilização, com o intuito de aproveitar e exercitar estes conceitos!