Imagine e Escolha
Momento 1
Observação e coleta de dados
Video convite:
A vivência dessa Experiência Didática poderia ser iniciada pedindo que as e os estudantes no trajeto casa-escola casa observem objetos descartados e elementos naturais e tragam para a aula.
No mesmo convite podem ser sugeridas visitas aos espaços da escola para identificar os resíduos que são descartados nas lixeiras (elas também recebem o nome de coletores).
Esses registros poderiam ser feitos num gráfico de barra, com a quantidade em porcentagem ou unidades do objeto identificado. Será que as e os estudantes teriam outras sugestões para coletar os dados da quantidade de resíduos coletados? Comparar os volumes faria sentido? E a massa? Para isso, veja se tem alguma balança na escola.
Professora e professor, colocar a mão na massa neste momento e fazer experimentações livres e descobertas constantes para cada ideia proposta é a melhor maneira de definir a metodologia mais adequada para a sua turma. Quando cada equipe começar a mostrar os resultados
obtidos com cada método (massa, volume, área, etc.) para uma mesma quantidade e tipo de resíduos, a resposta sobre a melhor maneira de registrar os dados coletados no gráfico ficarão mais claros.
As categorias correspondem aos diferentes materiais que compõem os resíduos. Veja o
exemplo abaixo.
As categorias correspondem aos diferentes materiais que compõem os resíduos. Veja o
exemplo abaixo.
Momento 2
Reconhecimento
Mas, o que fazer com os dados coletados sobre a quantidade e os tipos de resíduos? Uma campanha de conscientização? Descobrir se na região existem catadores, e criar uma parceria com eles e elas?
Professora, professor, seria muito rico se esta experiência didática gerasse um efeito colateral de uma ação criativa social. O que acha?
Converse com a turma para saber se, além da construção dos instrumentos musicais, não
poderia haver uma parceria que atingisse a comunidade local.
E por falar em instrumentos... Peça que a turma faça uma pesquisa sobre os tipos de instrumentos de percussão comuns na região possíveis de serem produzidos baseados nos resultados apresentados no gráfico. É frequente que um mesmo instrumento receba nomes distintos. Vamos compartilhar essa diversidade cultural do nosso país?
Momento 3
Exploração e vivência
De posse dos objetos e materiais recolhidos, convide todas e todos a investigar e explorar os elementos naturais trazidos e como eles podem ser utilizados para a emissão de sons. A conversa poderia ser iniciada com perguntas como:
- Que tipos de sons são produzidos quando são batidos dois elementos, um contra o outro?
- Os tamanhos dos materiais interferem no tipo de som produzido por eles? Por exemplo, se forem sementes ou pedaços de madeira.
- Que tipos de sons são emitidos quando combinamos objetos menores e maiores e de origem distintas?
- Quais recursos digitais temos na escola? De que maneira podemos integrá-los com essa vivência sonora, rítmica?
- Nosso país tem uma diversidade enorme de instrumentos rítmicos, não é mesmo? Quais os ritmos musicais comuns da sua região?
- A diversidade de ritmos e sons tem a ver com a formação do povo brasileiro?Professor, professora, não esqueça de conversar com a turma que o corpo é um instrumento sonoro.
Lembra do vídeo dos Barbatuques?
Bora colocar a mão na massa.
Fazer combinações pode ser a chave para criar sons com características distintas. Deixe que a turma mescle as sementes em recipientes de vidro ou metal e analise os sons produzidos.
Ou que emita sons com pedaços de madeira de espécies diferentes e faça testes com outros objetos e materiais. Variações com tamanhos de objetos podem ser interessantes.
Para que as e os estudantes não fiquem somente na experienciação, sugerimos uma discussão sobre o que e como poderiam ser utilizadas essas descobertas. Deixaremos aqui algumas ideias.
Ideia 1
Usar os instrumentos e sons criados para acompanhar músicas ouvidas no dia a dia.
Ideia 2
Cantar músicas e usar os instrumentos para marcar ritmos, adaptando e reinterpretando a composição.
Ideia 3
Considerando a importância da autoria e do protagonismo estudantil, incentivar a participação das e dos estudantes que se expressam pela música e ritmos para formarem uma banda.
Mas ainda falta um aspecto bastante importante nessa experiência didática: como customizar as peças? Que tipos de grafismos e ornamentos são condizentes com a cultura da região?
Para esta etapa podemos sugerir uma pesquisa sobre cores e imagens que identificam a comunidade escolar e o território. Seguem alguns links sobre grafismos para inspirar a turma:
Saiba Mais: Veja o que está sendo criado por cientistas noruegueses.
"Com esta nova tecnologia que criamos você pode usar seu smartphone e seus movimentos para controlar como as composições modernas tocam. A tarefa do compositor é criar uma paisagem musical com um monte de ambientes sonoros. Então, você controla entre quais ambientes sonoros deseja se mover, e ainda pode decidir as rotas que pretende tomar dentro dos vários ambientes sonoros”, explica Kristian Nymoen.
ação criativa: Às vezes, quando criamos uma dificuldade ou restrição na proposta estimulamos e, de certa forma, até forçamos a busca por soluções alternativas, incentivando o desenvolvimento do potencial criativo.
Por exemplo, se estamos falando de reduzir a produção e descarte de resíduos, que tal convidar as e os estudantes a evitar o uso de fitas adesivas e colas e fixar tampas e objetos com barbantes, sisal ou elástico?
Compartilhe e divulgue
Agora que os instrumentos e as composições estão prontos, vamos gravar e tirar fotos? Mas, antes desse registro, podemos conversar sobre o tipo de som (grave ou agudo) produzido pelo instrumento baseado nos materiais usados em sua construção.
Pergunte às e aos estudantes se eles percebem alguma semelhança ou diferença entre o tipo de material usado na construção dos instrumentos e a altura do som. Montar uma tabela na lousa pode ajudar bastante nisso, professor e professora.
Deixamos dois vídeos para esclarecer e lembrar que altura e intensidade do som são conceitos distintos. Assista aos vídeos abaixo com a turma e peça que as e os estudantes respondam se seu instrumento produz um som agudo ou grave.
Propriedade do Som - ALTURA (Musicalização infantil)
ESSE SOM É GRAVE OU AGUDO? - Musicalização
Aula - Altura do som (Grave e Agudo)
Seria muito importante que registros das tentativas e dos testes fossem gravados para mostrar as diferenças entre as combinações dos materiais naturais e artificiais. Por exemplo:
- Recipientes cheios de água ou vazios produzem sons diferentes?
- O tamanho dos objetos interfere nos sons que eles produzem?
- E os objetos mais fundos e mais rasos, que tipo de som emitem?
- Objetos metálicos e não metálicos têm diferença?
- Tubos mais largos e mais finos, em qual deles o som é mais agudo?
Exemplo de tabela:
Agora é com você!
Professor, professora, você pode abrir um padlet para depois postar tudo de uma vez lá no mural do Ação Criativa!
ação criativa: Que tal sugerir a criação de uma comissão de estudantes para encaminhar a necessidade junto a diretoria da escola e o desejo de apresentar as produções para toda a comunidade escolar? Você, professor e professora, pode dar sugestões de como fazer essa aproximação. Talvez levando algumas das produções para a direção e preparando os e as estudantes para esclarecer a experiência realizada, bem como a importância dessa apresentação para contribuir no reconhecimento da identidade da escola dentro da região em que ela está inserida. E, também, para a inscrição do trabalho e da escola na Exposição Virtual do programa Ação Criativa em agosto/2022!
Não esqueça de postar essa experiência didática, parte dela ou outra vivência com sua turma no mural do site do PAC.