Vivemos conectados. Nossas rotinas, relações, estudos e até afetos passam, em alguma medida, pelas telas. Mas até que ponto esse cotidiano digital tem nos aproximado ou nos distanciado de nós mesmos, dos outros e do que realmente importa?
As redes nos oferecem infinitas possibilidades de acesso à informação, entretenimento e interação. No entanto, também abrem espaço para "monstros" invisíveis: a ansiedade da hiperconectividade, a comparação constante, o isolamento emocional, o esgotamento do tempo livre, a desatenção às relações presenciais e o consumismo digital desenfreado. São presenças sutis, muitas vezes normalizadas, que desafiam nosso bem-estar psíquico, emocional e relacional.
Neste cenário, a palavra "ternura" ganha força como resistência. Como cultivar vínculos mais humanos, relações mais empáticas e momentos de pausa em meio a notificações incessantes? Como reorganizar o tempo entre o necessário, o produtivo e o simplesmente afetuoso?
O equilíbrio entre as telas e o tempo exige consciência e intencionalidade. Não se trata de demonizar a tecnologia, mas de compreender seus impactos e reafirmar a centralidade das relações humanas. Como educadores, pais, cuidadores ou apenas cidadãos digitais, somos chamados a refletir:
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De que forma usamos nosso tempo diante das telas?
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O que os "monstros em rede" têm nos tirado sem que percebamos?
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Como podemos cultivar mais ternura — por nós mesmos, pelos outros, pelo mundo — mesmo em meio à lógica acelerada e fragmentada das redes?
Convido você a partilhar suas experiências, inquietações e estratégias sobre como equilibrar o uso das tecnologias com o cuidado de si e dos outros. Vamos juntos transformar essa rede em um espaço de escuta, acolhimento e aprendizado mútuo.